CASA DOS COHEN, Lisboa
“E o Alencar, perante esta intimação do Cohen, o respeitado diretor do Banco Nacional, o marido da divina Raquel, o dono dessa hospitaleira casa da Rua do Ferregial onde se jantava tão bem, recalcou o respeito […]”
Os Maias, pg. 167
O olisipógrafo Norberto de Araújo
descreve “[...] que a Rua do Ferregial quinhentista corria do lado norte de Vítor
Cordon de hoje; para perpectuar o nome nas aproximações topográficas ficaram na
reedificação do sítio a Rua do Ferregial de Cima, que assim se chamou até 1890
a Rua Vítor Cordon, a incaracterística Rua do Ferregial de Baixo, que é esta
que conduz ao Alecrim, a Calçada do Ferregial, que liga Vítor Cordon, num
ângulo recto, à Calçada”.
in https://toponimialisboa.wordpress.com/2018/08/06/o-sitio-do-ferragial-em-tres-arterias-lisboetas/, 06-08-2018 (consult. a 30-04-2023, com supressões)
Jacob Cohen é uma personagem-tipo
que representa “a alta burguesia capitalista”. É “[...] admirado e escutado com
reverência, quer pela sua posição social e económica, quer pela beleza da sua
mulher, Raquel Cohen.”
Raquel Cohen também é “uma das
personagens que compõem o retrato de alta sociedade lisboeta”. É amante de João
da Ega, encontrando-se com ele na Vila Balzac “até à reconciliação com o marido
e à partida para Inglaterra”.
Carlos Reis, Educação Literária – Leituras Orientadas, Os Maias, Eça
de Queirós, Porto, Porto Editora, pp. 82-83